Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 42
Filter
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(3): e18802022, 2024. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534185

ABSTRACT

Abstract This article aims to estimate the prevalence of musculoskeletal disorders (MD) on the adult population of Campinas, São Paulo, Brazil, verifying associated demographic and socioeconomic factors, and to analyze their impact on Health-Related Quality of Life (HRQoL) according to sex. A population-based study was conducted with 2,166 individuals using data from the ISACamp 2014/15. The Medical Outcomes Study SF-36-Item Short Form Health Survey (SF-36) was used to measure HRQoL according to MD. Prevalence ratios (PR) were estimated by Poisson regression. Musculoskeletal disorders had a prevalence of 8.5% (6.7% tendonitis and 2.7% work-related musculoskeletal disorders - WMSD). Results showed a higher prevalence of musculoskeletal disorders in women, active or on leave due to illness, and in individuals with higher education levels. Moreover, reduced HRQoL scores were observed in 6 of the 8 domains, due to MD. The mental component and physical component showed greater impairment respectively among women and men after self-reported WMSD. These findings point to substantial damage from musculoskeletal disorders on the population's HRQoL. WMSD affect the HRQoL of men and women distinctly.


Resumo O objetivo deste artigo é estimar a prevalência de doenças musculoesqueléticas (DM) na população adulta de Campinas/SP, Brasil, verificar fatores demográficos e socioeconômicos associados e analisar o seu impacto na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) segundo sexo. Este é um estudo de base populacional utilizando dados do ISACamp 2014/15, com 2.166 indivíduos. Para a medida de QVRS, foram calculados os escores médios do Short Form Health Survey 36 (SF-36) segundo as DM e utilizada a regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência (RP). A prevalência de DM foi de 8,5% (6,7% de tendinite e 2,7% de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho - DORT). Os resultados deste estudo mostraram maior prevalência de DM em mulheres, na população adulta ativa ou afastada por doença e em indivíduos com maior escolaridade. Além disso, observou-se redução nos escores de QVRS, devido às DM, em quase todos os domínios do instrumento. O maior comprometimento foi observado no componente mental entre as mulheres, e no componente físico, entre os homens, após autorrelato de DORT. Os achados mostram o impacto substancial das DM na QVRS da população. As DORT afetam distintamente a QVRS de homens e mulheres.

2.
Rev. bras. epidemiol ; 26(supl.1): e230007, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1431578

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To describe the prevalence of alcohol consumption before and during the COVID-19 pandemic and to analyze the factors associated with this behavior during the period of social distancing among Brazilian adolescents. Methods: Cross-sectional study using data from the ConVid Adolescents survey, carried out via the Internet between June and September 2020. The prevalence of alcohol consumption before and during the pandemic, as well as association with sociodemographic variables, mental health, and lifestyle were estimated. A logistic regression model was used to assess associated factors. Results: 9,470 adolescents were evaluated. Alcohol consumption decreased from 17.70% (95%CI 16.64-18.85) before the pandemic to 12.80% (95%CI 11.85-13.76) during the pandemic. Alcohol consumption was associated with the age group of 16 and 17 years (OR=2.9; 95%CI 1.08-1.53), place of residence in the South (OR=1.82; 95%CI 1.46-2.27) and Southeast regions (OR=1.33; 95%CI 1.05-1.69), having three or more close friends (OR=1.78; 95%CI 1.25-2.53), reporting worsening sleep problems during the pandemic (OR=1.59; 95%CI 1.20-2.11), feeling sad sometimes (OR=1,83; 95%CI 1,40-2,38) and always (OR=2.27; 95%CI 1.70-3.05), feeling always irritated (OR=1,60; 95%CI 1,14-2,25), being a smoker (OR=13,74; 95%CI 8.63-21.87) and a passive smoker (OR=1.76; 95%CI 1.42-2.19). Strict adherence to social distancing was associated with lower alcohol consumption (OR=0.40; 95%CI 0.32-0.49). Conclusions: The COVID-19 pandemic led to a decrease in consumption of alcoholic beverages by Brazilian adolescents, which was influenced by sociodemographic and mental health factors, adherence to social restriction measures and lifestyle in this period. Managers, educators, family and the society must be involved in the articulation of Public Policies to prevent alcohol consumption.


RESUMO Objetivo: Descrever as prevalências do consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes brasileiros antes e durante a pandemia de COVID-19 e analisar os fatores associados a esse comportamento no período de distanciamento social. Métodos: Estudo transversal, utilizando dados da pesquisa ConVid Adolescentes, realizado via web entre junho e setembro de 2020. Foi estimada a prevalência do consumo de bebidas alcoólicas antes e durante a pandemia e a associação com variáveis sociodemográficas, de saúde mental e estilos de vida. Foi usado modelo de regressão logística para avaliar os fatores associados. Resultados: Avaliaram-se 9.470 adolescentes. O consumo de bebida alcoólica reduziu de 17,70% (IC95% 16,64-18,85), antes da pandemia, para 12,80% (IC95% 11,85-13,76), durante a pandemia. O consumo de bebidas alcoólicas esteve associado à faixa etária de 16 e 17 anos (OR=2,9; IC95% 1,08-1,53), morar na Região Sul (OR=1,82; IC95% 1,46-2,27) e Sudeste (OR=1,33; IC95% 1,05-1,69), ter três ou mais amigos próximos (OR=1,78; IC95% 1,25-2,53), relatar piora dos problemas de sono (OR=1,59; IC95% 1,20-2,11), sentir-se triste às vezes (OR=1,83; IC95% 1,40-2,38) e sempre (OR=2,27; IC95% 1,70-3,05), irritado sempre (OR=1,60; IC95% 1,14-2,25), ser fumante ativo (OR=13,74; IC95% 8,63-21,87) e fumante passivo (OR=1,76; IC95% 1,42-2,19). A adesão à restrição de forma muito rigorosa associou-se ao menor consumo de bebidas alcoólicas (OR=0,40; IC95% 0,32-0,49). Conclusão: A pandemia causada pela COVID-19 levou à diminuição no consumo de bebidas alcoólicas pelos adolescentes brasileiros, e o consumo durante a pandemia foi influenciado por fatores sociodemográficos, de saúde mental, adesão às medidas de restrição social e estilos de vida. Faz-se necessário o envolvimento de gestores, educadores, família e sociedade na articulação de políticas públicas para evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

3.
Rev. bras. epidemiol ; 26: e230009, 2023. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1423230

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Estimar as prevalências de doenças crônicas e problemas de saúde em adolescentes de Campinas (SP), observando as diferenças entre os sexos, por faixa etária. Métodos: Estudo em base populacional, com dados do inquérito de saúde ISACamp de 2014/15, cujas entrevistas com adolescentes totalizaram 1.022. Desses entrevistados, 517 eram meninos e 505, meninas; 492 encontravam-se na faixa de dez a 14 anos e 530 tinham entre 15 e 19 anos. As associações foram verificadas por meio do teste de χ² com ajuste de Rao Scott, e as razões de prevalência (RP) foram estimadas por meio de regressão múltipla de Poisson ajustadas por idade. Também foram feitas análises estratificadas por faixa etária. Resultados: As doenças respiratórias foram as mais prevalentes nos adolescentes como rinite (25,3%), sinusite (15,7%) e asma (10,9%). As queixas de saúde apresentaram-se elevadas, destacando-se as dores de cabeça (39,5%), problemas emocionais (34,5%), alergias (27,5%) e dores nas costas (21,3%). O número de adolescentes que apontaram ter três ou mais problemas de saúde mostrou-se acima de 22,0%. As meninas referiram maior número de problemas de saúde (três ou mais) do que os meninos (RP=2,27). Conclusão: O estudo demonstrou que os adolescentes apresentaram número expressivo de problemas de saúde, principalmente em relação às queixas, sinalizando que são necessários cuidados clínicos e políticas públicas direcionadas para o controle e prevenção desses agravos nesta faixa etária.


ABSTRACT Objective: To estimate the prevalence of chronic diseases and health conditions in adolescents from Campinas (São Paulo), investigating sex differences according to age group. Methods: This population-based study analyzed data from the ISACamp 2014/15 health survey, with a total of 1,022 adolescents interviewed. The interviewees consisted of 517 boys and 505 girls; 492 of them in the ten to 14 age group and 530 in the 15 to 19 age group. We verified the associations using the χ2 test with Rao Scott adjustment and estimated prevalence ratios (PR) with multiple Poisson regression adjusted for age. Analyses were also stratified by age group. Results: Respiratory diseases, such as rhinitis (25.3%), sinusitis (15.7%), and asthma (10.9%), were the most prevalent among adolescents. Health complaints were high, especially headaches (39.5%), emotional conditions (34.5%), allergies (27.5%), and back pain (21.3%). More than 22.0% of adolescents reported having three or more health conditions. Girls declared a higher number of health conditions (three or more) than boys (PR=2.27). Conclusion: The study showed that adolescents presented a significant number of health conditions, particularly regarding complaints, indicating the need for clinical care and public policies aimed at controlling and preventing these diseases in this age group.

4.
São Paulo med. j ; 141(6): e2022424, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1442187

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND: The social distancing measures during the coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic resulted in mental suffering among adolescents, leading to risky consumption of psychoactive substances such as tobacco. OBJECTIVE: To analyze the factors associated with tobacco use among adolescents during the COVID-19 social distancing period in Brazil. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study used data from ConVid Adolescentes survey in Brazil. METHODS: Tobacco use was assessed before and during social distancing. The explanatory variables investigated were sex, age, race/skin color, type of school, maternal education, region of residence, adherence to social restriction measures, number of close friends, sleep quality during the pandemic, mood, passive smoking, use of alcoholic beverages during the pandemic, sedentary behavior, and physical activity. A logistic regression model was used for the data analysis. RESULTS: Tobacco use by adolescents did not change during the pandemic (from 2.58% to 2.41%). There was a higher chance of tobacco use among adolescents aged between 16 and 17 years, self-reported black ones, residing in the South and Southeast regions, reported feeling sad and loneliness, had sleeping problems that worsened, were using alcoholic beverages during the pandemic, and were passive smokers at home. Adolescents whose mothers had completed high school or higher, had strict social restrictions, and increased their physical activity during the pandemic had a lower chance of tobacco use. CONCLUSION: Tobacco uses during the COVID-19 pandemic was higher in vulnerable groups, such as black adolescents and those with mental suffering.

5.
REME rev. min. enferm ; 26: e, abr.2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1521427

ABSTRACT

RESUMO Objetivos: verificar se a adesão à medida de distanciamento social e características sociodemográficas se associam com as alterações percebidas, durante a pandemia de COVID-19, na qualidade do sono e nas vivências afetivas de brasileiros residentes em Minas Gerais. Método: estudo transversal que analisou dados de questionário on-line aplicado a adultos e idosos residentes no estado de Minas Gerais. Foram estimadas prevalências e razões de prevalências, brutas e ajustadas, para as variáveis investigadas. Resultados: entre 35% e 55% dos respondentes referiram alterações nas vivências afetivas, como solidão, tristeza e ansiedade, e alterações do sono durante o período de isolamento social. Em geral, essas alterações foram mais frequentes entre aqueles que realizaram o isolamento de forma intensa ou total, indivíduos do sexo feminino e pessoas mais jovens. Conclusão: no presente estudo, foram observadas alterações importantes na qualidade de sono e nas vivências afetivas da população mineira, atingindo mais as pessoas do sexo feminino, pessoas mais jovens e que fizeram isolamento social intenso. É importante ofertar cuidados em saúde mental a fim de evitar os impactos negativos do distanciamento social em situações de pandemia.


RESUMEN Objetivos: verificar si la adherencia a la medida de distanciamiento social y las características sociodemográficas están asociadas a los cambios percibidos en la calidad del sueño y las experiencias afectivas de los brasileños residentes en Minas Gerais durante la pandemia de COVID-19. Método: estudio transversal que analizó datos de un cuestionario online aplicado a adultos y ancianos residentes en el estado de Minas Gerais. Se estimaron las prevalencias y las razones de prevalencia, brutas y ajustadas, de las variables investigadas. Resultados: entre el 35% y el 55% de los encuestados refieren alteraciones en las vivencias afectivas como soledad, tristeza, ansiedad, y alteraciones del sueño durante el período de aislamiento social. En general, estos cambios fueron más frecuentes entre los que estaban intensa o totalmente aislados, las mujeres y los individuos más jóvenes. Conclusión: en el presente estudio observamos alteraciones importantes en la calidad del sueño y en las vivencias afectivas de la población de Minas Gerais, afectando más al sexo femenino, a las personas más jóvenes y a las que habían estado en intenso aislamiento social. Es importante prestar atención a la salud mental para evitar los efectos negativos del distanciamiento social en situaciones de pandemia.


ABSTRACT Objectives: to verify whether adherence to the social distancing measure and sociodemographic characteristics are associated with perceived changes, during the COVID-19 pandemic, in sleep quality and affective experiences of Brazilians living in Minas Gerais. Method: a cross-sectional study that analyzed data from an online questionnaire applied to adults and older adults living in the state of Minas Gerais. Prevalence values and prevalence ratios, both adjusted and adjusted, were estimated for the variables investigated. Results: between 35% and 55% of the respondents reported changes in affective experiences, such as loneliness, sadness and anxiety, as well as changes in sleep during the social isolation period. In general, those alterations were more frequent among those who adhered to intense or total isolation, female individuals and younger people. Conclusion: in this study, important changes were observed in sleep quality and in the affective experiences of the population of Minas Gerais, affecting more females, younger people and individuals who adhered to intense social isolation. It is important to offer mental health care in order to avoid the negative impacts of social distancing in pandemic situations.

6.
Epidemiol. serv. saúde ; 31(spe): e2021386, 2022. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1384902

ABSTRACT

Objetivo: Avaliar a associação do autorrelato de problemas no sono com a presença de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e multimorbidades, e se essas associações diferem por sexo. Métodos: Estudo transversal realizado com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Razões de prevalências entre morbidades, número de DCNTs e autorrelato de problemas no sono foram estimadas por regressão de Poisson com variância robusta, por sexo. Resultados: Foram analisados 85.531 brasileiros com idade ≥18 anos. Os problemas no sono autorrelados associaram-se a todas as morbidades e multimorbidades. A prevalência dos problemas no sono foi maior nos que declararam uma ou duas (RP = 2,37; IC95% 2,22;2,54) e três ou mais DCNTs (RP = 4,73; IC95% 4,37;5,11). As razões de prevalências da associação com diabetes, doenças pulmonares, mentais, renais e multimorbidades foram mais elevadas entre o sexo masculino. Conclusão: As DCNTs impactaram significativamente a qualidade do sono em ambos os sexos, com associação mais forte para o sexo masculino.


Objetivo: Evaluar la asociación de problemas de sueño con la presencia de enfermedades crónicas no transmisibles (ECNTs) y multimorbilidades, y si estas asociaciones difieren por sexo. Métodos: Estudio transversal con datos de la encuesta epidemiológica Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Se estimaron las razones de prevalencia entre morbilidades, número de ECNTs y problemas de sueño por regresión de Poisson con variación robusta, por sexo. Resultados: Se analizaron 85.531 brasileños ≥ 18 años. El autoinforme de problemas de sueño se asoció con todas las morbilidades estudiadas y con multimorbilidades. La prevalencia de problemas de sueño fue mayor en aquellos que informaron uno o dos (PR = 2,37; IC95% 2,22;2,54) y tres o más ECNTs (RP = 4,73; IC95%4,37;5,11). Las razones de prevalencia de la asociación de diabetes con enfermedades pulmonares, mentales, renales y multimorbilidades han sido más fuertes en el sexo masculino. Conclusión: Las ECNTs tienen un impacto significativo en la calidad del sueño con fuerte asociación en ambos sexos, masculino y feminino.


Objective: To evaluate the association between self-reported sleep problems and the presence of non-communicable diseases (NCDs) and multimorbidity, and whether these associations differ by sex. Methods: This is a cross sectional study performed with data from the Brazilian National Health Survey, 2019. Prevalence ratios between morbidities, the number of NCDs, and the self-report of sleep problems were estimated by Poisson regression with robust variance, according to sex. Results: This study analysed data from 85,531 Brazilians age ≥ 18 years. The self-reported sleep problems were associated with all the herein studied morbidities and multimorbidities. The prevalence of sleep problems was higher in those who stated one or two (PR = 2.37; 95%CI 2.22;2.54) and three or more NCDs (PR = 4.73; 95%CI 4.37;5.11). Prevalence ratios of the association with diabetes, lung disease, mental disease, renal disease and multimorbidities were higher among males. Conclusion: NCDs significantly impacted sleep quality, with a particularly stronger association in both, males and females.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Sleep/physiology , Morbidity , Dyssomnias/epidemiology , Brazil , Chronic Disease/epidemiology , Sex Distribution
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(3): e00093621, 2022. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1364637

ABSTRACT

This study aims to analyze the relationship between social isolation and loneliness with smoking in older adults. This is a cross-sectional, population-based study performed with 986 individuals aged 60 years or older. Data were collected from the Health Survey of the Municipality of Campinas (ISACamp 2014/2015), state of São Paulo, Brazil. We estimated the prevalence of smoking and smoking cessation according to independent variables and tested the associations using the chi-square test, considering a 5% significance level. Adjusted prevalence ratios were calculated using simple and multiple Poisson regression. Smoking and smoking cessation were not associated with most variables that indicate objective social isolation. "Often or always" loneliness was related to a higher prevalence of smoking (PR = 2.25; 95%CI: 1.38-3.66) whereas loneliness accompanied of self-reported emotional problems or common mental disorders was strongly associated with smoking and with lower smoking cessation (PR = 6.24; 95%CI: 1.37-28.47 and PR = 0.46; 95%CI: 0.28-0.77, respectively). These findings indicate that loneliness is a psychosocial aspect related to tobacco use which hinders smoking cessation in older adults, emphasizing the importance of emotional problems in this association.


O estudo busca analisar a relação entre isolamento social, solidão e tabagismo entre idosos. Trata-se de um estudo transversal de base populacional que incluiu 986 indivíduos com 60 anos ou mais. Os dados foram obtidos do Inquérito de Saúde de Município de Campinas (ISACamp 2014/2015), São Paulo, Brasil. Foram estimadas as taxas de prevalência do tabagismo e da cessação do tabagismo de acordo com as variáveis independentes e testadas as associações através do teste de qui-quadrado, considerando nível de significância de 5%. Foram calculadas as razões de prevalência ajustadas com o uso de regressão de Poisson simples e múltipla. O tabagismo e a cessação do tabagismo não mostraram associação com a maioria das variáveis que indicam isolamento social objetivo, enquanto o relato da solidão muitas vezes ou sempre esteve relacionado a uma maior prevalência de tabagismo (RP = 2,25; IC95%: 1,38-3,66). A solidão, acompanhada pelo autorrelato de problemas emocionais ou a presença de transtornos mentais comuns, esteve fortemente associada com o tabagismo e com menor prevalência de cessação do tabagismo (RP = 6,24; IC95%: 1,37-28,47 e RP = 0,46; IC95%: 0,28-0,77, respectivamente). Os achados sustentam o papel da solidão enquanto aspecto psicossocial relacionado ao uso de tabaco e ao impedimento da cessação do tabagismo em idosos e destacam a importância de problemas emocionais nessa associação.


El objetivo de este estudio fue analizar la relación entre el aislamiento social y la soledad con el hábito de fumar en adultos mayores. Se trata de un estudio transversal basado en población, realizado con 986 individuos con 60 años o mayores. Los datos se recogieron de la Encuesta de Salud de la Ciudad de Campinas (ISACamp 2014/2015), estado de São Paulo, Brasil. Estimamos la prevalencia del hábito de fumar y dejar de fumar según variables independientes y probamos las asociaciones usando el test chi-cuadrado, considerando un nivel de significancia de un 5%. Se calcularon las ratios de prevalencia usando una regresión simple y múltiple de Poisson. Fumar y dejar de fumar no estuvieron asociadas con la mayor parte de variables que indican aislamiento social objetivo, mientras que informar soledad a menudo o siempre estuvo relacionado con una más alta prevalencia de tabaquismo (RP = 2,25; IC95%: 1,38-3,66). Soledad acompañada de problemas emocionales autoinformados o la presencia de desórdenes mentales comunes estuvo fuertemente asociado con el tabaquismo y con una menor prevalencia de dejar de fumar (RP = 6,24; IC95%: 1,37-28,47 y RP = 0,46; IC95%: 0,28-0,77, respectivamente). Estos resultados apoyan el papel de la soledad como un aspecto psicosocial relacionado con el consumo de tabaco y el impedimento de dejar de fumar en adultos mayores, además de subrayar la importancia de problemas emocionales en esta asociación.


Subject(s)
Heroin Dependence/epidemiology , Loneliness , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Tobacco Smoking , Middle Aged
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(supl.1): e00122221, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1384290

ABSTRACT

Considering the relevance of health behaviors for chronic diseases prevalence and mortality and the increase in income concentration observed in the world and in Brazil, this study aimed to evaluate the changes in the prevalence and in the educational inequalities of Brazilian adult health behaviors between 2013 and 2019. We analyzed data of 49,025 and 65,803 adults (18-59 years of age) from the Brazilian National Health Survey (PNS), 2013 and 2019. Prevalence of health behaviors (smoking, alcohol intake, diet, physical activity and sedentarism) were estimated for three educational strata, for both surveys. Prevalence ratios (PR) between year of survey and between educational strata were estimated by Poisson regression models. Significant reductions were found in the prevalence of smoking, physical inactivity, sedentarism, insufficient consumption of fruits, and the excessive consumption of sweetened beverages. However, an increase was observed in alcohol consumption and binge drinking; vegetable consumption remained stable. Contrasting the favorable change in some behaviors, inequalities among schooling strata remained very high in 2019, specially for smoking (PR = 2.82; 95%CI: 2.49-3.20), passive smoking (PR = 2.88; 95%CI: 2.56-3.23) and physical inactivity (PR = 2.02; 95%CI: 1.92-2.13). There was a significant increase in the educational inequality regarding physical inactivity (21%), insufficient intake of fruit (8%) and in the frequent consumption of sweetened beverages (32%). The persistence and enlargement of inequalities highlight the behaviors and social segments that should be special targets for policies and programs focused in promoting healthy lifestyles.


Dada a relevância dos comportamentos de saúde para a prevalência de doenças crônicas, a mortalidade devida a elas e o aumento da concentração de renda no mundo e no Brasil, este estudo procurou avaliar as mudanças na prevalência dos comportamentos de saúde e sua relação com desigualdades educacionais em adultos brasileiros entre 2013 e 2019. Foram analisados dados de 49.025 e 65.803 adultos (18-59 anos) em Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 e 2019. A prevalência de comportamentos de saúde (tabagismo, ingestão de álcool, dieta, atividade física e sedentarismo) foi estimada para três estratos educacionais em ambas as PNS. As razões de prevalência (RP) entre os anos da pesquisa e os estratos educacionais foram estimadas pelos modelos de regressão de Poisson. Foram encontradas reduções expressivas na prevalência de tabagismo, inatividade física, sedentarismo, consumo insuficiente de frutas e ingestão excessiva de bebidas adoçadas. Observou-se um aumento no consumo de álcool (incluindo o excessivo), ao passo que o consumo de vegetais se manteve estável. Em contraste com a mudança favorável em alguns comportamentos, as desigualdades entre os estratos de escolaridade permaneceram muito altas em 2019, especialmente para tabagismo (RP = 2,82; IC95%: 2,49-3,20), fumo passivo (PR = 2,88; IC95%: 2,56-3,23) e inatividade física (RP = 2,02; IC95%: 1,92-2,13). Houve um aumento expressivo da desigualdade entre os estratos de escolaridade em relação à inatividade física (21%), à ingestão insuficiente de frutas (8%) e ao consumo frequente de bebidas adoçadas (32%). A persistência e o ampliação das desigualdades destacam os comportamentos e segmentos sociais que devem ser alvos especiais de políticas e programas focados na promoção de estilos de vida saudáveis.


Teniendo en cuenta la relevancia de los comportamientos de salud para la prevalencia de enfermedades crónicas, la mortalidad por ellas y el aumento de la concentración de la renta en el mundo y en Brasil, este estudio buscó evaluar los cambios en la prevalencia de comportamientos de salud y su relación con las desigualdades educativas en adultos brasileños en el periodo entre 2013 y 2019. Se analizaron 49.025 y 65.803 datos de adultos (18-59 años) de la Encuesta Nacional de Salud (PNS), 2013 y 2019. Se estimó la prevalencia de comportamientos de salud (tabaquismo, consumo de alcohol, dieta, actividad física y sedentarismo) para tres estratos educativos en ambas encuestas. Las razones de prevalencia (RP) entre el año de la encuesta y los estratos educativos se estimaron mediante modelos de regresión de Poisson. Se encontraron reducciones significativas en la prevalencia de tabaquismo, inactividad física, sedentarismo, consumo insuficiente de frutas y consumo excesivo de bebidas azucaradas. Se observó un mayor consumo de alcohol (incluido con exceso), mientras que el consumo de vegetales se mantuvo estable. En contraste con el cambio favorable en algunos comportamientos, las desigualdades entre estratos escolares se mantuvieron muy altas en 2019, especialmente para el tabaquismo (RP = 2,82; IC95%: 2,49-3,20), fumo passivo (RP = 2,88; IC95%: 2,56-3,23), y la inactividad física (RP = 2,02; IC95%: 1,92-2,13). Hubo un aumento significativo de la desigualdad en cuanto a la inactividad física (21%), la ingesta insuficiente de frutas (8%) y el consumo frecuente de bebidas azucaradas (32%). La persistencia y ampliación de las desigualdades ponen de manifiesto comportamientos y segmentos sociales que deben ser destinatarios especiales de políticas y programas orientadas hacia la promoción de estilos de vida saludables.


Subject(s)
Health Behavior , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Prevalence , Health Surveys , Educational Status
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(supl.3): 5069-5080, Oct. 2021. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1345735

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste estudo foi analisar desigualdades em indicadores de envelhecimento ativo, segundo raça/cor, escolaridade, renda e posse de plano de saúde entre 986 idosos participantes do Inquérito de Saúde de Campinas, São Paulo - 2014/2015. Estimaram-se as prevalências de participação dos idosos em 11 atividades e as razões de prevalência foram calculadas pela regressão de Poisson. Os resultados revelaram que brancos e negros participavam de forma semelhante de todas as atividades da dimensão social, porém na atividade física realizada no trabalho se observou predomínio de negros (14,1% versus 8,2%), e no uso da Internet se constatou maior prevalência de brancos (RP = 2,11). Entre os idosos com maior escolaridade, renda mais elevada e posse de plano de saúde foram observadas maiores prevalências de participação em atividades físicas de lazer, uso da Internet, realização de cursos e atividades sociais, exceto cultos religiosos. Os resultados revelam que os idosos com maior acúmulo de recursos educacionais e financeiros têm mais acesso às atividades que são reconhecidamente associadas à saúde e ao bem-estar. O estudo também identificou importantes demandas para o SUS, pois a população que depende exclusivamente desse sistema apresentou menor participação em atividades benéficas à saúde.


Abstract The objective of this study was to analyze inequalities in active aging indicators according to race/skin color, level of education, income, and possession of health insurance among 986 older people who participated in the 2014/15 Campinas Health Survey. We estimated the prevalence of participation in 11 activity domains using Poisson regression. The findings reveal similar levels of participation among white and black people in all the domains of the social dimension. The prevalence of work-related physical activity was higher among black people (14.1% compared to 8.2% in white people) and the prevalence of internet use was higher among white people (PR = 2.11). The prevalence of participation in leisure time physical activity, internet use, courses, and in all domains of the social dimension except attendance at religious services was higher among respondents in the highest educational and income groups and among those with health insurance. The findings reveal that older people with a higher income and higher level of education are more likely to participate in activities associated with better health and well-being. The study also shows that older people place a significant demand on Brazil's public health system since individuals who depend exclusively on public health services tend to participate less in activities that are shown to promote health benefits.


Subject(s)
Humans , Aged , Aging , Health Promotion , Socioeconomic Factors , Health Surveys , Income
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(supl.3): 5099-5108, Oct. 2021. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1345753

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) segundo a frequência e as características das quedas em idosos. Trata-se de um estudo transversal desenvolvido com dados de inquérito domiciliar de saúde realizado em 2014 e 2015, em Campinas, São Paulo. As variáveis dependentes foram os domínios do SF-36 e, as independentes, a ocorrência e as características das quedas. As médias e as diferenças de médias dos escores do SF-36 foram estimadas por regressão linear simples e múltipla. O estudo revela que o impacto na QVRS depende significativamente das características das quedas. Declínios de maior magnitude e em maior número de domínios do SF-36 foram constatados nos idosos que sofreram três ou mais quedas (em comparação com aqueles com uma ou duas quedas), nos que relataram quedas por desmaio/tontura (comparando com quedas provocadas por tropeção), nos que caíram no domicílio (versus as quedas ocorridas em outros locais) e nos que relataram limitação decorrente das quedas nas atividades diárias. Apenas nas quedas com essas características o domínio de aspectos emocionais se mostrou afetado. O impacto na QVRS, inclusive nos aspectos emocionais, depende das características das quedas, que precisam ser consideradas nas ações de prevenção e no controle das consequências das quedas na qualidade de vida dos idosos.


Abstract This article aims to evaluate health-related quality of life (HRQOL) according to the frequency and characteristics of falls in the elderly. A cross-sectional study was carried out with data from a household health survey conducted in 2014 and 2015, in Campinas, SP. The dependent variables were the SF-36 domains and, the independent ones, the occurrence and the characteristics of the falls. The mean and mean differences of the SF-36 scores were estimated by simple and multiple linear regression. The study reveals that the impact on HRQOL depends significantly on the characteristics of falls. Larger declines and a greater number of SF-36 domains were observed in the elderly who suffered three or more falls (compared to those with one or two falls), reporting falls from fainting/dizziness (compared to falls due to tripping), those who fell at home (versus falls occurring elsewhere) and reported falling limitation in daily activities. Only in the falls with these characteristics did the domain of emotional aspects be affected. The impact on HRQoL, including emotional aspects, depends on the characteristics of the falls that need to be considered in prevention actions and in the control of the consequences of falls in the quality of life of the elderly.


Subject(s)
Humans , Aged , Quality of Life , Linear Models , Cross-Sectional Studies , Health Surveys
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(3): e00216620, 2021. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1153712

ABSTRACT

Resumo: O presente estudo tem o objetivo de caracterizar a população idosa brasileira durante a pandemia de COVID-19, considerando suas condições de saúde, socioeconômicas, desigualdade de sexo, adesão ao distanciamento social e sentimento de tristeza ou depressão. Estudo transversal realizado com idosos brasileiros que participaram de um inquérito de saúde (N = 9.173), com método de amostragem "bola de neve virtual". Os dados foram coletados via web, por meio de questionário autopreenchido. Foram estimadas prevalências, intervalos de confiança e, para verificar a independência das estimativas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson. Durante a pandemia, houve diminuição da renda em quase metade dos domicílios dos idosos. O distanciamento social total foi adotado por 30,9% (IC95%: 27,8; 34,1) e 12,2% (IC95%: 10,1; 14,7) não aderiram. Idosos que não trabalhavam antes da pandemia aderiram em maior número às medidas de distanciamento social total. Grande parte apresentou comorbidades associadas ao maior risco de desenvolvimento da forma grave de COVID-19. Sentimentos de solidão, ansiedade e tristeza foram frequentes entre os idosos, especialmente entre as mulheres. A pandemia da COVID-19 aprofundou a desigualdade ao afetar os idosos mais vulneráveis. Estratégias para mitigar a solidão e o distanciamento social devem ser feitas levando-se em conta a vulnerabilidade social e a acentuada diferença entre homens e mulheres quanto à composição domiciliar e às condições socioeconômicas e de trabalho. Recomenda-se o desenvolvimento de pesquisas representativas da população idosa brasileira e que investiguem o impacto da pandemia neste grupo.


Resumen: El objetivo de este estudio es caracterizar a la población anciana brasileña durante la pandemia de COVID-19, considerando sus condiciones de salud, socioeconómicas, desigualdad de sexo, adhesión al distanciamiento social y sentimiento de tristeza o depresión. Es un estudio transversal realizado con ancianos brasileños que participaron en una encuesta de salud virtual (N = 9.173), con un método de muestra "bola de nieve virtual". Los datos fueron recogidos vía web, mediante un cuestionario autocompletado. Se estimaron las prevalencias, intervalos de confianza y, para verificar la independencia de las estimaciones, se utilizó el test chi-cuadrado de Pearson. Durante la pandemia, hubo una disminución de la renta en casi la mitad de los domicilios de los ancianos. El distanciamiento social total fue adoptado por un 30,9% (IC95%: 27,8; 34,1) y 12,2% (IC95%: 10,1; 14,7) no se adhirieron. Los ancianos que no trabajaban antes de la pandemia se adhirieron en mayor número a las medidas de distanciamiento social total. Gran parte presentó comorbilidades asociadas a un mayor riesgo de desarrollo de la forma grave de COVID-19. Sentimientos de soledad, ansiedad y tristeza fueron frecuentes entre los ancianos, especialmente entre las mujeres. La pandemia de COVID-19 profundizó la desigualdad al afectar a los ancianos más vulnerables. Se deben elaborar estrategias para mitigar la soledad y el distanciamiento social, teniéndose en cuenta la vulnerabilidad social y la acentuada diferencia entre hombres y mujeres, respecto a la composición domiciliaria y las condiciones socioeconómicas y de trabajo. Se recomienda el desarrollo de investigaciones representativas de la población anciana brasileña, que investiguen el impacto de la pandemia en esta población.


Abstract: The goal of this study is to characterize the population of older adults in Brazil during the COVID-19 pandemic with regard to health, socioeconomic conditions, gender inequality, adherence to social distancing and feelings of sadness or depression. It is a cross-sectional study carried out with Brazilian older adults who responded to an online health survey (N = 9,173), using a "virtual snowball" sampling method. Data were collected online via a self-administered questionnaire. Prevalence and confidence interval estimates were performed and verified for independence using Pearson's chi-square test. During the pandemic there was a fall in household income among almost half of older adults. Extreme social distancing was practiced by 30.9% (95%CI: 27.8; 34.1) and 12.2% (95%CI: 10.1; 14.7) did not adhere to it. Older adults who were not working before the pandemic adhered in greater numbers to extreme social distancing measures. Most of them presented comorbidities associated with a higher risk of developing the severe form of COVID-19. Feelings of loneliness, distress and sadness were frequent among older adults, especially women. The COVID-19 pandemic widened the inequality gap by affecting the most vulnerable older people. Strategies to mitigate loneliness and social distancing should consider social vulnerability and the marked difference between men and women in terms of household composition and socioeconomic and working conditions. The development of representative surveys of Brazilian older adults is recommended, investigating the impact of the pandemic on this population.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Pandemics , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , SARS-CoV-2
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(3): e00252220, 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1285820

ABSTRACT

Medidas de distanciamento social adotadas em diversos países para mitigar o impacto da pandemia de COVID-19 podem acarretar efeitos indesejáveis sobre a saúde e o comportamento das populações. Este estudo objetivou investigar o comportamento de fumar na população adulta brasileira durante a pandemia de COVID-19 e analisar os fatores associados ao aumento do consumo de cigarro. Foi realizado um inquérito virtual e a amostra final correspondeu a 45.160 indivíduos. Foram utilizados pesos de pós-estratificação e calculadas as razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas por sexo, idade e escolaridade, e os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). Modelos de regressão de Poisson com variância robusta foram aplicados para a análise de associação entre o aumento do consumo de cigarros e as variáveis sociodemográficas e as relativas à adesão ao distanciamento social, qualidade do sono, estado de ânimo, alteração no trabalho e nos rendimentos. A prevalência de fumantes foi de 12% (IC95%: 11,1-12,9), dos quais 34% relataram aumento no consumo de cigarros. Esse aumento foi maior entre as mulheres (RP = 1,27; IC95%: 1,01-1,59) e entre indivíduos com o Ensino Médio incompleto (RP = 1,35; IC95%: 1,02-1,79). O aumento do consumo de cigarros esteve associado à piora da qualidade do sono, sentir-se isolado dos familiares, triste ou deprimido, ansioso, ficar sem rendimentos e pior avaliação do estado de saúde. Estratégias de promoção da saúde, de prevenção do uso e de incentivo à cessação do consumo de cigarros, bem como intervenções em saúde mental, devem ser continuadas e reforçadas no contexto de distanciamento social durante a pandemia de COVID-19.


Las medidas de distanciamiento social adoptadas en diversos países para mitigar el impacto de la pandemia de COVID-19 pueden acarrear efectos indeseables sobre la salud y el comportamiento de las poblaciones. Este estudio tuvo como objetivo investigar el comportamiento de fumar en la población adulta brasileña, durante la pandemia de COVID-19, y analizar los factores asociados al aumento del consumo de tabaco. Se realizó una encuesta virtual y la muestra final correspondió a 45.160 individuos. Se utilizaron pesos de pos-estratificación y se calcularon las razones de prevalencia (RP) brutas y ajustadas por sexo, edad y escolaridad, así como los respectivos intervalos de 95% de confianza (IC95%). Se aplicaron modelos de regresión de Poisson con variancia robusta para el análisis de asociación entre el aumento del consumo de tabaco y las variables sociodemográficas, así como las relativas a la adhesión al distanciamiento social, calidad del sueño, estado de ánimo, cambios en el trabajo e ingresos. La prevalencia de fumadores fue de un 12% (IC95%: 11,1-12,9), de los cuales un 34% relataron un aumento en el consumo de cigarrillos. Este aumento fue mayor entre las mujeres (RP = 1,27; IC95%: 1,01-1,59) y entre individuos con la enseñanza media incompleta (RP = 1,35; IC95%: 1,02-1,79). El aumento del consumo de tabaco estuvo asociado con un empeoramiento de la calidad del sueño, sentirse aislado de los familiares, triste o deprimido, ansioso, quedarse sin ingresos, al igual que con una peor evaluación del estado de salud. Las estrategias de promoción de salud, prevención del consumo y de alicientes para dejar el hábito de fumar, así como intervenciones en salud mental, deben ser continuas y estar reforzadas en el contexto de distanciamiento social durante la pandemia de COVID-19.


Social distancing measures adopted in various countries to mitigate the impact of the COVID-19 pandemic can lead to unwanted effects on their populations' health and behaviors. This study aimed to investigate smoking behavior in the Brazilian adult population during the COVID-19 pandemic and analyze factors associated with the increase in cigarette consumption. An online survey was performed, and the final sample included 45,160 individuals. The study used post-stratification weights and calculated crude prevalence ratios (PR) and adjusted by sex, age, and schooling, and respective 95% confidence intervals (95%CI). Poisson regression models with robust variance were applied to analyze associations between increased cigarette consumption and sociodemographic variables and adherence to social distancing, quality of sleep, state of mind, and changes in work and earnings. Prevalence of smokers was 12% (95%CI: 11.1-12.9), 34% of whom reported an increase in cigarette consumption. The increase was greater among women (PR = 1.27; 95%CI: 1.01-1.59) and individuals with incomplete secondary schooling (PR = 1.35; 95%CI: 1.02-1.79). The increase in cigarette consumption was associated with worse quality of sleep, feeling isolated from family members or sad, depressed, or anxious, loss of earnings, and worse self-rated health. Health promotion strategies, smoking prevention, and encouragement for smoking cessation, as well as mental health interventions, should be continued and reinforced in the context of social distancing during the COVID-19 pandemic.


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Tobacco Products , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Pandemics , SARS-CoV-2
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(3): e00182720, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1249408

ABSTRACT

Abstract: This is a cross-sectional study investigating the factors affecting brazilians' self-rated health during the COVID-19 pandemic, based on data from the web-based behavior survey. Carried out from April 24 to May 24, 2020, the survey recruited participants by a chain sampling procedure. Its outcome was the worsening of self-rated health during the pandemic. Statistical analysis was based on a hierarchical model of determination. Logistic regression models were used to test the associations between sociodemographic characteristics, pre-existing health conditions, lifestyle indicators and intensity of social restraint measures, and biological and psychological issues during the pandemic. From the total sample of 45,161 participants, 29.4% reported worsening of health state during this period. After adjusting for hierarchical distal factors, the health problems mostly associated with worsening health state were: bad self-rated health (adjusted OR = 4.35, p < 0.001), health care seeking for mental health problem (adjusted OR = 3.95, p < 0.001), and for COVID-19 (adjusted OR = 3.60, p < 0.001). People who experienced sleep problems, worsening of back pain, depression and at least one flu symptom during the pandemic were twice as likely to report worsening of health status. Sedentary and eating behaviors and adherence to social distancing measures showed significant correlation with the outcome. There exists a relation between social, biological, and psychological factors, mediated by lifestyles and variables pertaining to confinement. Altogether, these factors have negatively affected self-rated health during the COVID-19 pandemic in Brazil.


Resumo: O estudo transversal investigou fatores que afetam a autopercepção de saúde dos brasileiros durante pandemia da COVID-19, com base em dados de um inquérito comportamental eletrônico. Realizado entre 24 de abril e 24 de maio de 2020, o estudo recrutou participantes através de um procedimento de amostragem em cadeia. A variável de desfecho era a piora na autopercepção de saúde durante a pandemia. A análise estatística usou um modelo hierárquico de determinação. Foram utilizados modelos de regressão logística para testar as associações entre características sociodemográficas, doenças preexistentes, indicadores de estilo de vida e intensidade de medidas de distanciamento social, e aspectos biológicos e psicológicos durante a pandemia. Na amostra total de 45.161 participantes, 29,4% relataram piora do estado de saúde durante a pandemia. Após ajustar para fatores hierárquicos distais, os problemas de saúde mais associados à piora do estado de saúde foram: autopercepção de saúde ruim (OR ajustado = 4,35, p < 0,001): e procura de assistência devido a problemas de saúde mental (OR ajustado = 3,95, p < 0,001) e para COVID-19 (OR ajustado = 3,60, p < 0,001). As pessoas que relataram problemas de sono, piora da dor lombar, depressão e pelo menos um sintoma gripal durante a pandemia apresentavam duas vezes maior probabilidade de relatar piora do estado de saúde. Comportamentos sedentários e alimentares e adesão a medidas de distanciamento social mostraram correlação significativa com o desfecho. Há uma correlação entre fatores sociais, biológicos e psicológicos, mediada por estilos de vida e variáveis relacionadas ao confinamento. Juntos, esses fatores têm afetado negativamente a autopercepção de saúde dos brasileiros durante a pandemia da COVID-19.


Resumen: Se trata de un estudio transversal que investiga los factores que afectan la salud autoevaluada de los brasileños durante la pandemia de COVID-19, basada en datos de una encuesta por internet sobre comportamiento. Se llevó a cabo del 24 de abril al 24 de mayo de 2020, la encuesta reclutó participantes mediante un método de muestreo en cadena. Su resultado fue el empeoramiento de la salud autoevaluada durante la pandemia. El análisis estadístico estuvo basado en un modelo jerárquico de determinación. Los modelos de regresión logística se usaron para probar las asociaciones entre características sociodemográficas, condiciones de salud preexistentes, indicadores de estilo de vida e intensidad de las medidas de distanciamiento social, y problemas biológicos y psicológicos durante la pandemia. De una muestra total de 45.161 participantes, un 29,4% informaron de un empeoramiento del estado de salud durante este periodo. Tras el ajuste por factores jerárquicos distales, los problemas de salud en su mayoría asociados con un empeoramiento del estado de salud fueron: mala salud autoevaluada (OR ajustada = 4,35, p < 0,001), búsqueda de cuidados de salud por problemas mentales (OR ajustada = 3,95, p < 0,001), y en el caso del COVID-19 (OR ajustada = 3,60, p < 0,001). Las personas que sufrieron problemas de sueño, empeoramiento del dolor de espalda, depresión y al menos un síntoma de gripe durante la pandemia tuvieron dos veces más probabilidades de informar de un empeoramiento del estado de salud. Sedentarismo y comportamientos alimenticios, así como la adherencia a las medidas de distanciamiento social mostraron una significativa correlación con el resultado. Existe una relación entre los factores sociales, biológicos, y psicológicos, influenciados por los estilos de vida y variables relacionadas con el confinamiento. En conjunto, estos factores han afectado negativamente la salud autoinformada durante la pandemia de COVID-19 en Brasil.


Subject(s)
Humans , Pandemics , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , SARS-CoV-2
14.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(3): e00268320, 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1249411

ABSTRACT

A ConVid - Pesquisa de Comportamentos foi realizada no Brasil de 24 de abril a 24 de maio de 2020, com o objetivo de investigar as mudanças nos estilos de vida e nas condições de saúde durante a pandemia de COVID-19. Neste artigo, apresentamos a concepção e metodologia da pesquisa. Estudo de corte transversal com a utilização de um questionário pela Internet, com questões validadas em inquéritos de saúde anteriores. O método de amostragem foi o "bola de neve virtual" e foram usados os procedimentos de pós-estratificação. Os resultados relativos às doenças crônicas não transmissíveis e estilos de vida pré-pandemia foram comparados às estimativas da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2019. A amostra total foi de 45.161 pessoas. Após a ponderação dos dados, as distribuições amostrais das variáveis demográficas foram semelhantes às populacionais. Apenas as pessoas de baixo nível de instrução foram sub-representadas. A comparação com os resultados anteriores mostrou similaridade na maioria das estimativas: consumo recomendado de frutas e legumes (22,1%), atividade física recomendada (35,2%), fumo de cigarros (12,3%), consumo frequente e abusivo de álcool (6,7%), obesidade (21,2%), prevalências autorreferidas de hipertensão (18,6%), diabetes (7,1%) e doença do coração (4,4%). O inquérito online possibilitou conhecer as condições de saúde da população durante a pandemia. A similaridade dos indicadores com os obtidos em pesquisas tradicionais permitiu validar as estimativas médias. Estudos são necessários para investigar como os efeitos endógenos das redes sociais virtuais podem ser levados em consideração na estimação da variância.


La ConVid - Encuesta de Comportamientos se realizó en Brasil del 24 de abril al 24 de mayo de 2020, con el objetivo de investigar los cambios en los estilos de vida y en las condiciones de salud durante la pandemia de COVID-19. En este artículo, se presenta la concepción y metodología de la encuesta. Estudio de corte transversal, utilizando un cuestionario por Internet, con cuestiones validadas en encuestas de salud anteriores. El método de muestra fue el de "bola de nieve virtual" y se usaron procedimientos de posestratificación. Los resultados relativos a las enfermedades crónicas no transmisibles y estilos de vida prepandemia se compararon con las estimaciones de la Encuesta Nacional de Salud de 2013 y de la Vigilancia de Factores de Riesgo y Protección para Enfermedades Crónicas por Encuesta Telefónica de 2019. La muestra total fue de 45.161 personas. Tras la ponderación de los datos, las distribuciones de la muestra de las variables demográficas fueron semejantes a las poblacionales. Solamente las personas con un bajo nivel de formación estuvieron sub-representadas. La comparación con los resultados anteriores mostró similitud en la mayoría de las estimaciones: consumo recomendado de frutas y legumbres (22,1%), actividad física recomendada (35,2%), tabaco de liar para cigarrillos (12,3%), consumo frecuente y abusivo de alcohol (6,7%), obesidad (21,2%), prevalencias autoinformadas de hipertensión (18,6%), diabetes (7,1%) y enfermedad del corazón (4,4%). La encuesta online posibilitó conocer las condiciones de salud de la población durante la pandemia. La similitud de los indicadores con los obtenidos en investigaciones tradicionales permitió validar las estimaciones medias. Se necesitan estudios para investigar cómo los efectos endógenos de las redes sociales virtuales pueden ser tenidos en consideración en la estimación de la variancia.


The ConVid - Behavior Survey was conducted in Brazil from April 24 to May 24, 2020, aiming to investigate changes in lifestyles and health conditions during the COVID-19 pandemic. In this article, we present the conception and methodology of the research. We used a cross-sectional study using an Internet questionnaire, with questions validated in previous health surveys. The sampling method "virtual snowball" was used, as well as post-stratification procedures. The results related to chronic non-communicable diseases and pre-pandemic lifestyles were compared with estimates from the 2013 Brazilian National Health Survey and 2019 Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey. The total sample was 45,161 people. After data weighing, the sample distributions of demographic variables were similar to population variables. Only people with a low schooling level were underrepresented. The comparison with the previous results showed similarity in most estimates: recommended consumption of fruits and vegetables (22.1%), recommended physical activity (35.2%), tobacco smoking habit (12.3%), frequent and abusive alcohol consumption (6.7%), obesity (21.2%), self-reported prevalence of hypertension (18.6%), diabetes (7.1%), and heart disease (4.4%). The online survey made it possible to know the population's health conditions during the pandemic. The similarity of the indicators with those obtained in traditional research allowed the validation of the mean estimates. Studies are needed to investigate how the endogenous effects of virtual social networks can be considered when estimating variance.


Subject(s)
Humans , Pandemics , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Internet , SARS-CoV-2
15.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(3): e00218320, 2021. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1249414

ABSTRACT

Resumo: O sono é importante para a manutenção da saúde física, emocional e para o bem-estar. Poucos estudos avaliaram o efeito das condições socioeconômicas no sono no período da COVID-19. O objetivo foi analisar o aumento ou a incidência dos problemas do sono segundo condições demográficas e econômicas, prévias à pandemia, e segundo mudanças nas condições financeiras, ocupacionais e tarefas domésticas durante a pandemia. Estudo realizado via web, usando dados de 24 de abril a 24 de maio, com 45.160 brasileiros (18 ou mais), com amostra ponderada pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Mudança na qualidade do sono (desfecho), renda mensal, efeito na renda familiar, na ocupação/trabalho, sexo, faixa etária, situação conjugal e alteração no trabalho doméstico (exposições) foram reportados. Estimamos os percentuais de início ou aumento dos problemas com o sono e os OR ajustados. A chance de exacerbação dos problemas com o sono foi de 34%, 71% e duas vezes maior nas pessoas com renda inferior a um salário mínimo antes da pandemia, nas que perderam o emprego e naquelas que tiveram a renda muito diminuída/ficaram sem renda, respectivamente. A chance de piorar os problemas do sono foi 82% maior nas mulheres; três vezes maior (OR = 3,14) na população com 18 a 29 anos, em relação aos idosos; e maior com o incremento da quantidade de tarefas domésticas (OR = 2,21). Fatores financeiros e ocupacionais foram determinantes na deterioração da qualidade do sono autorreferida, demandando ações rápidas sobre essas condições a fim de minimizar esse impacto. Gênero, faixa etária e rotinas domésticas também merecem atenção em relação à qualidade do sono.


Resumen: El sueño es importante para mantener la salud física, emocional y bienestar. Pocos estudios evaluaron el efecto de las condiciones socioeconómicas en el sueño durante el período de la COVID-19. El objetivo fue analizar el aumento o incidencia de los problemas del sueño, según condiciones demográficas y económicas, previas a la pandemia, y según cambios en las condiciones financieras, ocupacionales y tareas domésticas durante la pandemia. Estudio realizado vía web, usando datos del 24 de abril al 24 de mayo, con 45 160 brasileños (18 o más), con una muestra ponderada por los datos de la Encuesta Nacional por Muestreo de Hogares (PNAD). Se informó de cambio en la calidad de sueño (desenlace), renta mensual, efecto en la renta familiar, en la ocupación/trabajo, sexo, franja etaria, situación conyugal y alteración en el trabajo doméstico (exposiciones). Estimamos los porcentajes de inicio o aumento de los problemas con el sueño y los OR ajustados. La oportunidad de exacerbación de los problemas con el sueño fue un 34%, 71% y 2 veces mayor en las personas con renta inferior a 1 salarios mínimos antes de la pandemia, en las que perdieron el empleo y en aquellas que tuvieron la renta muy disminuida/se quedaron sin renta, respectivamente. La oportunidad de empeorar los problemas de sueño fue un 82% mayor en las mujeres; tres veces mayor (OR = 3,14) en la población con 18 a 29 años, en relación con los ancianos; y mayor con el incremento de la cantidad de tareas domésticas (OR = 2,21). Los factores financieros y ocupacionales fueron determinantes en el deterioro de la calidad del sueño autoinformada, demandando acciones rápidas sobre estas condiciones, a fin de minimizar este impacto. Género, franja de edad y rutinas domésticas también merecen atención en relación con la calidad del sueño.


Abstract: Sleep is a fundamental aspect for maintaining physical and emotional health, as well as one's well-being. Few studies have assessed the effect of socioeconomic conditions on sleep in the COVID-19 pandemic. Our objective was to analyze the increase or incidence of sleep disorders according to demographic and economic conditions, prior to the pandemic, and according to changes in financial, occupational, and household conditions during the pandemic. This study was conducted via web access, using data from April 24 to May 24, with 45,160 Brazilians (aged 18 or older), with a sample weighted by Brazilian National Household Sample Survey (PNAD) data. Change in sleep quality (outcome), monthly income, effect on family income, occupation/work, gender, age group, marital status, and change in domestic work (exposures) were reported. The percentages of onset or increase of sleep disorders and adjusted odds ratio were estimated. The chance of exacerbation of sleep disorders was 34%, 71%, and twice as high in people with income less than one minimum wage before the pandemic, in those who lost their job and in those who had a great decrease in their income/were without income, respectively. The chance of worsening sleep disorders was 82% higher in women; three times higher (OR = 3.14) in the population aged from 18 to 29, compared to the older adults; and higher with the increase in the amount of housework (OR = 2.21). Financial and occupational factors were determinants in the worsening of self-reported sleep quality, requiring rapid actions on these conditions in order to minimize this effect. Gender, age group, and household routines also deserve attention regarding sleep quality.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Aged , Sleep Wake Disorders/epidemiology , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Incidence , Pandemics , SARS-CoV-2
16.
Rev. bras. epidemiol ; 24: e210012, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1251256

ABSTRACT

ABSTRACT: Objective: To analyze changes in the lifestyles of Brazilian adolescents during the COVID-19 pandemic. Methods: Cross-sectional study carried out with adolescents who participated in the survey "ConVid Adolescentes - Pesquisa de Comportamentos". The indicators related to lifestyles before and during the COVID-19 pandemic were evaluated: consumption of healthy and unhealthy foods, physical activity and sedentary behavior, smoking and consumption of alcohol. Prevalence and 95% confidence intervals were calculated for the total population and according to sex and age group. Results: A total of 9,470 adolescents participated in the study. During the period of social distancing, there was an increase in the prevalence of vegetables consumption (from 27.34 to 30.5%), frozen foods (from 13.26 to 17.3%), chocolates and sweets (from 48.58 to 52.51%), and time in front of screens (from 44.57 to 70.15%). On the other hand, there was a decrease in the practice of physical activity (from 28.70 to 15.74%) and in the consumption of alcohol (from 17.72 to 12.77%). Differences were observed according to sex and age group. Conclusion: The results show changes in the lifestyle of adolescents and an increase in health risk behaviors.


RESUMO: Objetivo: Analisar as mudanças nos estilos de vida dos adolescentes brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo transversal realizado com adolescentes que participaram do inquérito ConVid Adolescentes — Pesquisa de Comportamentos. Foram avaliados os indicadores relacionados aos estilos de vida antes e durante a pandemia: consumo de alimentos saudáveis e alimentos não saudáveis, prática de atividade física e comportamento sedentário, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. As prevalências e os intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados para população total e segundo sexo e faixa etária. Resultados: Participaram do estudo 9.470 adolescentes. Durante o período de distanciamento social, foi observado aumento nas prevalências de consumo de hortaliças (de 27,34 para 30,5%), pratos congelados (de 13,26 para 17,3%), chocolates e doces (de 48,58 para 52,51%), e do tempo em frente às telas (de 44,57 para 70,15%). Por outro lado, houve diminuição da prática de atividade física (de 28,7 para 15,74%) e do consumo de bebidas alcoólicas (de 17,72 para 12,77%). Diferenças segundo sexo e faixa etária foram observadas. Conclusão: Os resultados apontam mudanças nos estilos de vida dos adolescentes e aumento de comportamentos de risco à saúde.


Subject(s)
Humans , Adolescent , Pandemics , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , SARS-CoV-2 , Life Style
17.
Rev. bras. epidemiol ; 24(supl.2): e210011, 2021. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1351741

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: to analyze socioeconomic inequalities in the self-reported prevalence of NonCommunicable Diseases (NCDs) and their disabilities in the Brazilian adult population. Methods: Cross-sectional study with data from the National Health Survey carried out in 2019. The self-reported prevalences of individuals with some noncommunicable diseases were calculated, according to sociodemographic characteristics; and the prevalence and prevalence ratio of these diseases and degrees of disability, according to education and possession of a private health plan. Results: 47.6% of the population reported having at least one noncommunicable diseases. Noncommunicable diseases increased progressively with age and were more prevalent in women (PR 1.13; 95%CI 1.1-1.15), in black (PR 1.04; 95%CI 1.01-1, 06) or brown individuals (PR 1.05; 95%CI 1.01-1.09), illiterate or with incomplete elementary education (PR 1.12; 95%CI 1.08-1.16), in the Southeast (PR 1.10; 95%CI 1.05-1.14) and the South (PR 1.07; 95%CI 1.03-1.12) and among individuals who do not have private health insurance (PR 1.02; 95%CI 1.0-1.05). For the majority of noncommunicable diseases investigated, the highest reports of disabilities were among those with low education and without health insurance. Conclusion: adults with less education and without private health plans have a higher prevalence of noncommunicable diseases and a higher degree of disability. Thus, it is important to analyze health indicators in the face of different populations and disparities, in order to understand and monitor health inequalities.


RESUMO: Objetivo: Analisar as desigualdades socioeconômicas na prevalência autorreferida de doenças crônicas não transmissíveis e suas limitações na população adulta brasileira. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019. Calcularam-se as prevalências autorreferidas de indivíduos com alguma doença crônica não transmissível, segundo características sociodemográficas, e as prevalências e a razão de prevalência dessas doenças e seus graus de limitações, segundo escolaridade e posse de plano de saúde privado. Resultados: 47,6% da população relatou ter pelo menos uma doença crônica não transmissível. As doenças crônicas não transmissíveis aumentaram progressivamente com a idade e foram mais prevalentes nas mulheres (RP 1,13; IC95% 1,10-1,15), nos indivíduos pretos (RP 1,04; IC95% 1,01-1,06) ou pardos (RP 1,05; IC95% 1,01-1,09), analfabetos ou com ensino fundamental incompleto (RP 1,12; IC95% 1,08-1,16), nos moradores das regiões Sudeste (RP 1,10; IC95% 1,05-1,14) e Sul (RP 1,07; IC95% 1,03-1,12) e entre os indivíduos que não possuem plano de saúde privado (RP 1,02; IC95% 1,00-1,05). Para a maioria das doenças crônicas não transmissíveis investigadas, a maior prevalência do relato de limitação esteve entre aqueles com baixa escolaridade e sem plano de saúde. Conclusão: Adultos com menor escolaridade e sem planos de saúde privados apresentam maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e maior grau de limitação. É importante avaliar os indicadores de saúde ante as diferentes populações e desigualdades, a fim de diagnosticar e monitorar as iniquidades em saúde.


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Noncommunicable Diseases/epidemiology , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Health Surveys
18.
Rev. bras. epidemiol ; 24(supl.2): e210003, 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1351749

ABSTRACT

ABSTRACT: Objective: The objective of this study was to investigate the use of health services and limitations in performing usual activities by adults and elderly people with and without noncommunicable chronic diseases (NCDs), according to sociodemographic strata. Methods: This is a cross-sectional study in which data from the 2019 National Health Survey were analyzed. The final sample corresponded to 88,531 households with interviews carried out, referring to individuals aged 18 years and above. The prevalence of use of services by the population with NCDs was compared with that of the population without NCDs and stratified by socioeconomic and demographic variables. Prevalence ratios (PRs) and 95% confidence intervals (95%CI) were calculated. Results: In 2019, 47.6% (95%CI 47.0-48.3) of the population reported having one or more NCDs. Population with NCDs had more medical consultations in the last 12 months (adjusted PR [APR]=1.21; 95%CI 1.20-1.23), used more health services in the last 2 weeks (APR=2.01; 95%CI 1.91-2.11), were referred to more hospitalization (APR=2.11; 95%CI 1.89-2.36), and had more limitations in performing usual activities (APR=2.52; 95%CI 2.30-2.76), compared with the population without NCDs. A positive dose-response gradient was observed between the number of comorbidities and the use of services. In all socioeconomic and demographic strata, the prevalence of indicators was higher in people with NCDs. Conclusion: The presence of NCDs was associated with a higher frequency of use of health services (i.e., consultation, use of services, and hospitalization) and the restriction of usual activities in all socioeconomic and demographic strata.


RESUMO: Objetivo: Investigar a utilização de serviços de saúde e a limitação das atividades habituais entre adultos e idosos com e sem doenças crônicas não transmissíveis, segundo estratos sociodemográficos. Métodos: Estudo transversal, no qual foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. A amostra final correspondeu a 88.531 domicílios, com entrevistas referentes a indivíduos maiores de 18 anos. As prevalências de uso de serviços pela população com doenças crônicas não transmissíveis foram comparadas às da população sem essas patologias e estratificadas por variáveis socioeconômicas e demográficas. Razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% foram calculados. Resultados: Em 2019, 47,6% (IC95% 47,0-48,3) da população referiu ter uma ou mais doenças crônicas não transmissíveis. A população com registro dessas patologias realizou mais consulta médica nos últimos 12 meses (RPaj=1,21; IC95% 1,20-1,23), utilizou mais o serviço de saúde nas duas últimas semanas (RPaj=2,01; IC95% 1,91-2,11), referiu mais internações (RPaj=2,11; IC95% 1,89-2,36) e mais limitação da realização de atividades (RPaj=2,52 vezes; IC95% 2,30-2,76) em comparação com a população isenta desse tipo de registro. Observou-se gradiente dose-resposta positivo entre número de comorbidades e uso de serviços. Em todos os estratos socioeconômicos e demográficos, a prevalência dos indicadores foi mais elevada em pessoas com doenças crônicas não transmissíveis. Conclusão: A presença dessas doenças associou-se à maior frequência de uso de serviços de saúde (consulta médica, uso de serviços de saúde e internação) e da restrição das atividades habituais em todos os estratos socioeconômicos e demográficos.


Subject(s)
Humans , Adult , Aged , Noncommunicable Diseases/therapy , Noncommunicable Diseases/epidemiology , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Health Surveys , Health Services
19.
Rev. bras. epidemiol ; 24(supl.2): e210010, 2021. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1351753

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To analyze the association of depression with various health behaviors and to verify if they differ according to gender or income. Methods: This is a cross-sectional study based on data of 65,803 Brazilian adults (18-59 years old) interviewed in the National Health Survey, conducted in 2019. Presence or absence of depression was evaluated using the Patient Health Questionnaire (PHQ)-9. The prevalence of smoking, alcohol consumption, physical activity, sedentary lifestyle and food indicators were estimated according to the presence of depression. Stratified analyses were made according to sex and income, and prevalence ratios were estimated using the Poisson Regression. Results: We found a significant association between depression and all indicators studied, except occasional alcohol consumption. Depression was associated with heavy episodic drinking and insufficient consumption of fruits and vegetables only in women. In men, the associations of depression with sedentary lifestyle and with being a former smoker were stronger than in women. The occasional consumption of alcohol was more prevalent only in men without depression. The analysis stratified by income showed that the association of depression with physical inactivity is stronger in the higher-income group, while with heavy episodic drinking is only significant in the lower-income stratum. Conclusion: The results point to the need to consider mental health in programs aimed at reducing harmful health behaviors and the specificity of sociodemographic groups.


RESUMO: Objetivo: Analisar a associação da depressão com comportamentos de saúde e verificar se as associações diferem segundo sexo e renda. Métodos: Estudo transversal com dados de 65.803 adultos brasileiros (18-59 anos) da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019. A presença de depressão foi avaliada com o uso do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). As prevalências de tabagismo, consumo de álcool, atividade física, sedentarismo e indicadores de alimentação foram estimadas segundo a presença de depressão. Foram desenvolvidas análises estratificadas por sexo e renda e estimadas as razões de prevalência com a regressão de Poisson. Resultados: Verificou-se associação significativa da depressão com todos os indicadores estudados, exceto com o consumo eventual de álcool. Apenas nas mulheres a depressão se mostrou associada com heavy episodic drinking e com o consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras. Nos homens, as razões de prevalência das associações de depressão com sedentarismo e com ser ex-fumante foram mais elevadas de que nas mulheres e apenas nos homens o consumo eventual de álcool foi mais prevalente naqueles sem depressão. A análise estratificada segundo a renda mostrou que a associação da depressão com a inatividade física foi mais forte no segmento de renda superior e a associação com heavy episodic drinking só foi significativa no estrato de renda inferior. Conclusão: Os resultados apontam a necessidade de considerar a saúde mental nos programas que visam à redução de comportamentos nocivos à saúde e também de levar em conta as especificidades dessas associações nos diferentes estratos sociodemográficos.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Young Adult , Health Behavior , Depression/epidemiology , Brazil/epidemiology , Alcohol Drinking/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Health Surveys
20.
Epidemiol. serv. saúde ; 29(5): e2020432, 2020. tab, graf
Article in English, Portuguese | SES-SP, ColecionaSUS, LILACS | ID: biblio-1133811

ABSTRACT

Objetivo: Analisar a adesão da população às medidas de restrição de contato físico e disseminação da COVID-19 no Brasil. Métodos: Inquérito de saúde, realizado pela internet, com amostragem em cadeia, no período de 24 de abril a 24 de maio de 2020. A intensidade da adesão à restrição de contato físico foi analisada segundo características sociodemográficas, utilizando-se modelos de regressão logística para investigar associações com 'Nenhuma/pouca adesão'. Resultados: Dos 45.161 participantes, 74,2% (73,8-74,6%) relataram intensa adesão às medidas. O grupo que não aderiu às medidas foi composto homens (31,7%), com idade de 30 a 49 anos (36,4%), baixa escolaridade (33,0%), trabalhando durante a pandemia (81,3%), residentes nas regiões Norte (28,1%) e Centro-Oeste (28,5%) do país. Houve importante redução das taxas de crescimento diário, de 45,4 para 5,0%. Conclusão: Grande parte da população brasileira aderiu às medidas de restrição de contato físico, o que, possivelmente, contribuiu para reduzir a disseminação da COVID-19.


Objetivo: Analizar la adhesión de los brasileños a las medidas de restricción de contacto físico y diseminación del COVID-19. Métodos: Encuesta de salud realizada por internet con muesteo em cadena entre 24 de abril y 24 de mayo de 2020. La intensidad de la adhesión a la restricción de contacto físico se analizó de acuerdo con características sociodemográficas, utilizando modelos de regresión logística para investigar asociaciones con 'Ninguna/poca adhesión'. Resultados: Participaron 45.161, de los cuales un 74,2% (73,8;74,6%) informó intensa adhesión. El grupo con poca adhesión se caracterizó por hombres (31,7%), 30-49 años (36,4%), baja educación (33,0%), que trabajaron durante la pandemia (81,3%), residiendo em las regiones Norte (28,1%) y Centro-Oeste (28,5%) del país. En Brasil hubo una reducción relevante em las tasas de crecimiento diario, del 45,4% al 5,0%. Conclusión: Gran parte de la población adhirió a las medidas de restricción de contacto físico, lo que posiblemente contribuyó a la disminución de la diseminación del COVID-19.


Objective: To analyze the adherence of the population to physical contact restriction measures and the spread of COVID-19 in Brazil. Methods: This was a web-based health survey carried out from April 24 to May 24 2020 using a chain sampling procedure. Intensity of adherence to physical contact restriction measures was analyzed according to sociodemographic characteristics, using logistic regression models to investigate associations with 'No/little adherence'. Results: Of the 45,161 participants, 74.2% (73.8;74.6%) reported intense adherence to the measures. The group that did not adhere to the measures was characterized by men (31.7%), those aged 30 to 49 (36.4%), those with low education levels (33.0%), those who worked during the pandemic (81.3%), those resident in the North (28.1%) and Midwest (28.5%) regions of the country. In Brazil as a whole, there was a decrease in COVID-19 daily growth rates, from 45.4% to 5.0%. Conclusion: A large part of the Brazilian population adhered to physical contact restriction measures, which possibly contributed to decreasing the spread of COVID-19.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Social Behavior , Health Behavior , Quarantine/statistics & numerical data , Coronavirus Infections/prevention & control , Coronavirus Infections/epidemiology , Social Isolation , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Health Surveys/statistics & numerical data , Pandemics/prevention & control
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL